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domingo, 24 de outubro de 2010

Eleições e Democracia na Escola!


É sempre bom ampliar a discussão sobre democracia dentro e fora da escola. Pensando nisso, preparamos uma seleção de reportagens, artigos e planos de aula sobre o tema. Mostre aos alunos como chegamos à configuração política atual e debata com eles a importância do voto. Veja, também, quais são as atribuições de cada governante em relação à Educação.

Os jovens e a Tecnologia!


Em julho último, um casal de adolescentes de Porto Alegre protagonizou cenas de sexo divulgadas ao vivo por uma câmera ligada a um famoso site de relacionamentos. Mais de 22 mil pessoas assistiram à transmissão, que, por envolver dois menores - ele com 16, ela com 14 anos -, ganhou notoriedade e acabou virando assunto de polícia. O mais curioso (e que soa até ingênuo) foi o motivo que os levou a se expor dessa forma. Segundo o rapaz, a menina perdeu uma aposta em um jogo de cartas online e, por isso, teria de pagar uma "prenda". Esse episódio lamentável mostra como é preciso orientar os jovens quanto ao uso de celulares, de videogames e principalmente da internet - uma das grandes paixões da moçada. A relação dos jovens com a tecnologia é o último tema da série Desenvolvimento Juvenil.

Brincando na pré-escola!



Brincar é a linguagem que as crianças usam para se manifestar, descobrir o mundo e interagir com o outro. Quando ela é incentivada, a turma adquire novas habilidades e desenvolve a imaginação e a autonomia. É possível brincar sem ter nada em mãos. Como ocorre durante o pega-pega e a ciranda, por exemplo. Mas os brinquedos têm papel fundamental no desenvolvimento infantil. Para que eles cumpram bem essa função, não basta deixar o acervo da pré-escola ao alcance dos pequenos, imaginando que, por já brincarem sozinhos em casa, eles saberão o que fazer. É essencial oferecer objetos industrializados e artesanais, organizar momentos em que o grupo construa seus próprios brinquedos e ampliar as experiências da meninada. Tudo isso sempre equilibrando quantidade, qualidade e variedade, o que significa exemplares variados, seguros, resistentes e com um bom aspecto estético.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Nível Pré-Sílábico!


Características Gerais:

A criança ainda não estabelece uma relação biunívoca entre a fala e as diferentes representações. Acredita que se escreve com desenhos.Suas questões podem situar-se tanto no campo semântico quanto nos aspectos físicos da escrita, como a forma e a função das letras e números.

Objetivos Didáticos:

- Reconhecer qual papel as letras desempenham na escrita;- distinguir imagem de texto e letras de números;
- compreender o vínculo entre discurso oral e texto.

Vivências Necessárias:

- Estar imersa em um ambiente rico em materiais (tanto na variedade dos suportes gráficos quanto na diversidade dos gêneros dos textos), sendo espectadora e interlocutora de atos de leitura e escrita;
- tomar contato com todas as letras, palavras e textos simultaneamente;
- ouvir, contar e escrever histórias;- memorizar globalmente as palavras significativas (seu nome, nome dos colegas, professora, pais, etc.);
- analisar a constituição das palavras quanto à letra inicial, final, quantidade de letras, letras que se repetem, letras que podem ou não iniciar palavras, letras que podem ocupar outras posições nas palavras;
- introduzir os aspectos sonoros através das iniciais das palavras significativas;
- analisar a distribuição espacial e a orientação da frase.

Algumas condutas típicas:

- Uma criança, no nível pré-silábico, usa, para escrever, qualquer letra, em qualquer ordem.
- A palavra escrita pode mudar de significado, dependendo da ocasião, porque está relacionada a seu desejo.
- Para ser legível, a palavra tem de apresentar letras variadas.
- Não acredita que letras e sílabas podem ser repetidas em uma palavra.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Computadores na Pré-Escola

Trabalhando em grupo, as crianças do Jardim de Infância Municipal Doutor Luiz Silveira, em Piraí, a 105 quilômetros do Rio de Janeiro, aprendem a escrever seu nome digitando no computador. Para esses pequenos, com idades entre 3 e 5 anos, mexer no notebook parece uma tarefa simples.

A atividade seguinte: apreciar obras de grandes artistas, como a pintora Tarsila do Amaral (1886-1973). Enquanto a tela Abaporu é projetada no computador da professora, os pequenos são instigados a falar sobre cores e formas. Depois das explicações sobre as pinturas, inspiradas pela arte de Tarsila, eles se arriscam a tirar autorretratos com a máquina fotográfica embutida em cada computador. Na sequência, passaram a outra atividade: pesquisaram imagens de animais da fauna brasileira com a orientação das professoras, usando seu notebook com acesso à internet. Novamente, as crianças demonstram uma desenvoltura capaz de deixar os adultos presentes, inclusive esta repórter, bastante impressionados.

Um dia na rotina dessa pré-escola mostra como a tecnologia foi incorporada de forma natural ao processo de ensino e aprendizagem, de modo que hoje o computador tem status de material básico de ensino - o mesmo pode ser observado em outras unidades da rede municipal. A naturalidade dos pequenos diante das máquinas comprova essa afirmação. "Tô escrevendo um carta", diz Julia, enquanto tenta digitar seu nome. Enquanto ela tecla, outros brincam ou desenham. "Alguns pais ficaram aflitos achando que cadernos, livros, canetas e lápis iam ser abolidos. Mas só acrescentamos uma nova ferramenta, que também serve para ensinar", diz Lúcia Helena Borges, chefe da Divisão Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação.

Em Piraí, os computadores não são exatamente uma novidade na rede de ensino. A cidade tem um projeto de inclusão digital desde 2005 e o pioneirismo de suas ações chamou a atenção do governo federal, que passou a financiar projetos locais na área. A vocação digital da cidade permitiu que os computadores fossem encarados como ferramentas a serviço dos conteúdos curriculares e ajudou na disseminação da tecnologia, já que hoje a maioria dos estudantes é familiarizada com ela.

Todos os computadores das escolas do município estão ligados em rede e têm acesso à internet, o que facilita o planejamento simultâneo dos profesores em todas as unidades. Cada uma tem autonomia para desenvolver seu trabalho, mas o diálogo entre elas é uma constante. Além disso, um núcleo de tecnologia foi criado para dar apoio técnico e pedagógico aos educadores. Hoje, os alunos de toda a rede têm uma pauta diária de atividades a cumprir e são acompanhados mesmo a distância.

Com frequência, o computador dá espaço para brincadeiras com massa de modelar, leitura ou cortar e colar. As fotografias tiradas pelas crianças, por exemplo, foram usadas para fazer uma colagem. Depois, sentadas em semicírculo no chão, elas passaram a atividade seguinte: desenhar livremente em papel. E assim, intercalando atividades tradicionais com outras, que usam o computador como o aliado, os pequenos da pré-escola adquirem conhecimentos.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O desenho e o desenvolvimento das crianças

No início, o que se vê é um emaranhado de linhas, traços leves, pontos e círculos, que, muitas vezes, se sobrepõem em várias demãos. Poucos anos depois, já se verifica uma cena complexa, com edifícios e figuras humanas detalhados. O desenho acompanha o desenvolvimento dos pequenos como uma espécie de radiografia. Nele, vê-se como se relacionam com a realidade e com os elementos de sua cultura e como traduzem essa percepção graficamente.

Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação - ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando, por exemplo. "Com a exploração de movimentos em papéis variados, ela adquire coordenação para desenhar", explica Mirian Celeste Martins, especialista no ensino de arte e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A primeira relação da meninada com o desenho se dá, de fato, pelo movimento: o prazer de produzir um traço sobre o papel faz agir.

Os rabiscos realizados pelos menores, denominados garatujas, tiveram o sentido ampliado sob o olhar da pesquisadora norte-americana Rhoda Kellogg, que observou regularidades nessas produções abstratas (veja no topo da página o desenho de Joana, 3 anos, e sua explicação). Observando cerca de 300 mil produções, ela analisou principalmente a forma dos traçados (rabiscos básicos) e a maneira de ocupar o espaço do papel (modelos de implantação) até a entrada da criança no desenho figurativo, o que ocorre por volta dos 4 anos.

No período de produção de garatujas, ocorre uma importante exploração de suportes e instrumentos. A criança experimenta, por exemplo, desenhar nas paredes ou no chão e se interessa pelo efeito de diferentes materiais e formas de manipulá-los, como pressionar o marcador com força e fazer pontinhos. Essa atitude de experimentação tem valor indiscutível na opinião de Rhoda: "Para ela 'ver é crer' e o desenho se desenvolve com base nas observações que a criança realiza sobre sua própria ação gráfica", ressalta Rosa Iavelberg, especialista em desenho e docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), no livro O Desenho Cultivado da Criança: Práticas e Formação de Educadores. Esse aprendizado durante a ação é frisado pela artista plástica e estudiosa Edith Derdyk: "O desenho se torna mais expressivo quando existe uma conjunção afinada entre mão, gesto e instrumento, de maneira que, ao desenhar, o pensamento se faz".

terça-feira, 20 de abril de 2010

Teatro e imaginação na pré-escola


A capacidade de fazer de conta é uma das características mais relevantes da infância, pois está diretamente ligada ao desenvolvimento intelectual e físico dos pequenos. Quando imagina que é um policial à procura de um bandido, a criança elabora respostas às distintas situações que surgem e, ao pôr em prática seu personagem, estabelece movimentos que ampliam a consciência e a expressão corporais. Por isso, os jogos teatrais são uma ótima maneira de desenvolver a relação da criança com o próprio corpo, com o do outro e com o espaço. Eles são jogos de construção em que a consciência do "como se" é trabalhada de forma gradativa em direção à articulação da linguagem artística teatral. "No processo de construção dessa linguagem, a criança estabelece com seus pares uma relação de trabalho, combinando a imaginação dramática com a prática e a consciência na observação das regras", explica Ingrid Dormien, que leciona Teatro Aplicado à Educação na Universidade de São Paulo (USP) e é coordenadora de projetos da Escola de Educadores.

Descobrindo novas possibilidades corporais

O jogo teatral gira em torno de três elementos: onde se passa a cena, quem faz parte dela e qual ação se desenvolve. O professor deve dividir a turma em grupos e propor que cada um decida o que apresentar à plateia - sem o uso de falas nem de objetos cênicos. Exemplo: se escolhem explorar o fundo do mar, as crianças têm de interagir com criaturas e plantas marinhas imaginárias, deixando claros os três elementos básicos.

Ingrid diz que a intervenção docente pode e deve ocorrer durante a cena. "Se o professor perceber que os gestos não são muito claros, pode instruir os pequenos a repeti-los em câmera lenta. Os jogos teatrais abrem possibilidades infinitas de trabalhar a expressividade corporal", afirma (leia a sequência didática). Durante a ação, deve-se atentar também o uso do espaço e de que forma se dá a interação.

Com base no que foi observado, é necessário fazer propostas que representem desafios e incentivem todos a buscar novas possibilidades de expressão. Se um grupo escolheu um espaço pequeno e interagiu pouco, por exemplo, no jogo seguinte o professor pode estabelecer que, independentemente da situação, os objetos utilizados em cena terão de passar pela mão de todos e a área precisa ser ampla.